"Quando admiro a maravilha do pôr-do-Sol ou a beleza da Lua, a minha alma dilata-se e venera o Criador."
quarta-feira, 2 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
"Um poeta cantou certa vez que o caminho para chegar a Deus está apenas ao alcance dos mais corajosos e não dos fracos de coração. Hoje em dia, o ambiente está tão saturado de veneno que nos negamos a recolher a sabedoria dos antigos e a reparar nas diversas pequenas experiências que o ahimsa em acção proporciona. "Uma acção má é neutralizada por uma boa" é uma frase tão sábia sobre as experiências diárias. Por que razão não conseguimos ver que, se a soma do total das actividades diárias do mundo fosse destrutiva, o fim já haveria chegado há muito tempo?"
sábado, 28 de junho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
"Essa não-violência que só o individuo pode utilizar serve de pouco em termos de sociedade. O homem é um ser social. Para que os seus sucessos tenham alguma utilidade devem ser sucessos que qualquer pessoa possa alcançar se aplicar a diligência necessária. O que apenas se pode exercitar entre amigos não vale mais do que uma centelha de não-violência. Não merece a designação de ahimsa. Dizer que a "inimizade se desvanece diante do ahimsa" é um grande aforismo. significa que qualquer inimizade exige a mesma quantidade de ahimsa para ser destruída. Cultivar esta virtude requer muito tempo de prática, quiçá várias gerações. Mas não é por essa razão que se converte em algo de inútil."
quinta-feira, 26 de junho de 2008
"Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo. Creio que todas são um dom de Deus e creio que foram necessárias para aqueles a quem essas religiões se revelaram. E creio que se todos pudéssemos ler as escrituras dos diferentes credos a partir do ponto de vista dos seguidores dos ditos credos, descobriríamos que, no fundo, são todas uma só e poderiam ajudar-se entre si."
terça-feira, 24 de junho de 2008
segunda-feira, 23 de junho de 2008
sábado, 21 de junho de 2008
"O homem converte-se aos poucos naquilo que acredita poder vir a ser. Se me repetir incessantemente a mim mesmo que sou incapaz de fazer determinada coisa, é possível que isso acabe finalmente por se tornar verdade. Pelo contrário, se acreditar que a posso fazer, acabarei garantidamente por adquirir a capacidade para a fazer , ainda que não a tenha num primeiro momento."
sexta-feira, 20 de junho de 2008
"Quando um homem se submete a outro por medo, não segue o caminho da sua natureza, mas o da força bruta. Aquele que não tem o desejo de dominar os demais através da força bruta também não se submeterá à dita força. Reconhecendo, portanto, que o homem que teme a força bruta não alcançou o conhecimento de si mesmo, os nossos Shastras permitem-lhe utilizar a força bruta enquanto permanecer nesse estado."
quinta-feira, 19 de junho de 2008
"Não acredito no êxito dos breves rasgos de violência. No entanto, por muito que possa simpatizar com e admirar os seus respeitáveis motivos, oponho-me inflexivelmente aos métodos violentos, ainda que colocados à disposição das causas mais nobres. A experiência demonstra-me que o bem permanente nunca pode ser resultado da falsidade e da violência."
terça-feira, 17 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
domingo, 15 de junho de 2008
sábado, 14 de junho de 2008
"Nesta época de reinado da força bruta, é quase impossível que alguém possa rejeitar a lei da supremacia absoluta da força bruta. E é por essa razão que recebo cartas anónimas a aconselhar-me que não interfira no progresso da não-cooperação, mesmo que a violência popular rebente. Outros aproximam-se de mim e, achando que me dedico em segredo a maquinar acções violentas, perguntam-me quando é que chegará o feliz momento de declarar a violência total. Asseguram-me que os ingleses nunca se renderão a outra coisa que não a violência, encoberta ou manifesta. E há ainda outros, segundo me contam, que me julgam o habitante mais vil de toda a Índia pelo facto de nunca dar a conhecer as minhas verdadeiras intenções, e não têm a menor dúvida em afirmar que eu acredito tanto na violência como a maior parte das pessoas."
sexta-feira, 13 de junho de 2008
"A não-violência e a cobardia não têm nada a ver uma com a outra. Acredito que um homem armado dos pés à cabeça seja um cobarde no seu coração. A posse de armas pressupõe um factor de medo, para não dizer de cobardia. Mas a verdadeira não-violência é impossível sem a posse de uma sincera ausência de medo."
quinta-feira, 12 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
"O poder político significa capacidade para regular a vida nacional através de representantes nacionais. Se a vida nacional se tornasse tão perfeita ao ponto de se poder auto-regular, a representação tornar-se-ia desnecessária. Produzir-se-ia, então, um estado de anarquia iluminada. Num estado como esse, cada um seria o seu próprio governante. Governar-se-ia a si mesmo de modo a nunca ser um estorvo para o seu vizinho. Por conseguinte, no Estado ideal não existe poder político, pois não há Estado. Mas na vida, o ideal nunca se consegue plenamente."
domingo, 8 de junho de 2008
"Para que a Índia pudesse escapar a este desastre, deveria imitar o melhor da América e de outros países ocidentais e deixar de lado as suas políticas atraentes em termos de aspecto, mas destrutivas para a economia. Por conseguinte, a verdadeira planificação consistiria na melhor utilização da totalidade da ,ão-de-obra indiana e ba distribuição da matéria-prima da Índia pelos seus inúmeros povos, em vez de a enviar para fora e de voltar a comprar artigos acabados a preços escandalosos."
sábado, 7 de junho de 2008
" A maquinaria bem utilizada tem de ajudar e facilitar o esforço humano. A utilização actual da maquinaria tende cada vez mais a concentrar a riqueza nas mãos de uns poucos em detrimento de milhões de homens e mulheres (...)."
Comentário: A maquinaria bem utilizada deve libertar o ser humano do esforço físico e levá-lo a dedicar-se mais à mente, ao intelecto, à espiritualidade."
Comentário: A maquinaria bem utilizada deve libertar o ser humano do esforço físico e levá-lo a dedicar-se mais à mente, ao intelecto, à espiritualidade."
sexta-feira, 6 de junho de 2008
"A economia que despreza as considerações morais e sentimentais é semelhante às figuras de cera que, parecendo vivas, carecem da vida proporcionada pela carne. Em todos os momentos cruciais, estas novas leis económicas caíram ao serem colocadas em prática. E as nações ou os indivíduos que as aceitarem como guias irão perecer."
quarta-feira, 4 de junho de 2008
"Não acredito que um indivíduo possa alcançar a espiritualidade enquanto os que o rodeiam sofrem. Acredito em advaita e, já agora, em tudo o que está vivo. Portanto, acredito que, se um homem alcança a espiritualidade, o mundo inteiro beneficia com isso, e que, se um homem fracassa, o mundo inteiro cai com ele."
terça-feira, 3 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
domingo, 1 de junho de 2008
sábado, 31 de maio de 2008
"Toda a tua erudição, todos os teus estudos sobre Shakespeare e Woodsworth seriam em vão se, simultaneamente, não te tivesses dedicado a construir a tua personalidade e a conseguir o domínio dos teus pensamentos e das tuas acções."
Comentário: Os estudos podem ajudar a construir a personalidade e a conseguir o domínio dos pensamentos e acções.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
"Só Deus é o juiz da verdadeira grandeza, porque Ele conhece o coração dos homens."
Comentário: por Deus, entendo o todo, o infinito. Só a visão global permite ter a percepção total do caminho cármico de alguém. Só "Deus" sabe aquilo de que cada um é merecedor, pois nós não temos a percepção consciente daquilo que fizemos em vidas passadas.
Comentário: por Deus, entendo o todo, o infinito. Só a visão global permite ter a percepção total do caminho cármico de alguém. Só "Deus" sabe aquilo de que cada um é merecedor, pois nós não temos a percepção consciente daquilo que fizemos em vidas passadas.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
sábado, 24 de maio de 2008
Comentário: E a verdadeira virtude não é absoluta... tantas vezes agimos com base em algo que nos foi imposto acreditando que assim estamos a agir correctamente... esquecemo-nos de que apenas a tal "voz interior" tem o poder de nos ajudar a distinguir o que é certo do que é errado, pois cada situação tem as suas próprias características e carece de uma análise a cada momento, que só uma mente lúcida, meditativa, seja lá de que forma for que ela se tornou meditativa (e existem infinitas maneiras de ela se tornar meditativa) é capaz de fazer... ou, pelo menos, quanto mais lúcida, mais capaz de o fazer se torna...
quarta-feira, 21 de maio de 2008
domingo, 27 de janeiro de 2008
"Agora faltavam apenas quatro dias para chegar de novo à mesma cidade. Estava excitado e ao mesmo tempo inseguro: talvez a menina já o tivesse esquecido. Por ali passavam muitos pastores para vender lã.
- Não tem importância - disse o rapaz para as suas ovelhas. - Eu também conheço outras meninas noutras cidades.
Mas no fundo do coração, ele sabia que tinha importância. E que tanto os pastores, como os marinheiros, como os caixeiros viajantes, sempre conheciam uma cidade onde havia alguém capaz de fazer com que esquecessem a alegria de viajar livremente pelo mundo."
"Os sábios entenderam que este mundo natural é apenas uma imagem e uma cópia do Paraíso. A simples existência deste mundo é a garantia de que existe um mundo mais perfeito que ele. Deus criou-o para que, através das coisas visíveis, os homens pudessem compreender os seus ensinamentos espirituais, e as maravilhas da sua sabedoria."
(Pág. 188)
"(...) poucos seguem o caminho que lhes está traçado, e que é o caminho da Lenda Pessoal e da felicidade. A maioria acha o mundo uma coisa ameaçadora -e por causa disso o mundo torna-se uma coisa ameaçadora. Então nós, os corações, vamos falando cada vez mais baixo, mas não nos calamos nunca. E torcemos para que as nossas palavras não sejam ouvidas: não queremos que os homens sofram, porque não seguiram os seus corações."
(Pág. 193)
"O guarda que revistou o Alquimista encontrou um pequeno frasco de cristal cheio de líquido, e um ovo de vidro amarelado, pouco maior que um ovo de galinha.- O que são estas coisas? - perguntou o guarda.- É a Pedra Filosofal e o Elixir da Longa Vida. É a grande obra dos Alquimistas. Quem beber este elixir jamais ficará doente, e uma lasca desta pedra transforma qualquer metal em ouro.Os guardas riram a valer, e o Alquimista riu com eles. Tinham achado a resposta muito engraçada, e deixaram-nos partir sem maiores contratempos, com todos os seus pertences.- O senhor está louco? - perguntou o rapaz ao Alquimista, quando já se tinham distanciado bastante. - Para que fez isto?- Para te mostrar uma simples lei do mundo - respondeu o Alquimista. - Quando temos os grandes tesouros diante de nós, nunca nos apercebemos. E sabes porquê? Porque os homens não acreditam em tesouros."
(Pág. 198)
"Continuaram a andar pelo deserto. A cada dia que passava, o coração do rapaz ia ficando mais silencioso. Já não queria saber das coisas passadas ou das coisas futuras; contentava-se em contemplar também o deserto, e em brindar com o rapaz à Alma do Mundo. Ele e o seu coração tornaram-se grandes amigos - um passou a ser incapaz de trair o outro.
Quando o coração falava, era para dar estímulo e força ao rapaz, que às vezes achava terrivelmente maçadores os dias de silêncio. O coração contou-lhe pela primeira vez as suas grandes qualidades: a sua coragem para abandonar as ovelhas e viver a sua Lenda Pessoal; e o seu entusiasmo na loja de cristais."
(Pág. 198)
"Caminharam o dia inteiro. Ao anoitecer, pararam em frente a um mosteiro copta. O Alquimista dispensou a escolta, e apeou-se do cavalo.- Daqui para a frente vais sozinho - disse o Alquimista. - São apenas três horas até às Pirâmides.- Obrigado - disse o rapaz. - O senhor ensinou-me a Linguagem do Mundo. - Eu apenas recordei o que já sabias."
(Pág. 220)
Eis o verdadeiro mestre: o que não ensina, mas apenas ajuda a recordar. Tanto é o que transportamos de umas vidas para outras, que o que vivemos agora é quase só produto de todas essas vivências interferindo umas com as outras e criando realidades que parecem novas, mas que na sua essência, pouco acrescentam ao que já se encontra no nosso... "espírito".
Etiquetas:
O Alquimista,
Paulo Coelho,
recordar,
vidas
Subscrever:
Mensagens (Atom)